Gestor de equipes: como deve atuar na resolução de conflitos

gestor de equipes, gestor conversando com seu colaborador

Um bom gestor de equipes é aquele que conhece os caminhos da resolução de conflitos. Dentre as atribuições de um líder, essa é uma das mais importantes.

Não é difícil acontecer de, na empresa, ocorrer  momentos mais tensos, em que duas ou mais pessoas não se entendem. É nessas horas que o gestor de equipes tem de tomar a frente para mediar o conflito e trabalhar em uma solução.

A grande questão é como fazer isso sem deixar as relações abaladas. Há que se considerar que, em muitos casos, aqueles colaboradores seguirão convivendo. Mas, algumas vezes, o líder precisará intervir e fazer uma moderação. E mais: ele deverá ter em mente que situações conflituosas exigem bastante jogo de cintura, porém, há maneiras de lidar com elas.

Confira a seguir algumas dicas para os líderes corporativos atuarem de forma proativa na resolução de conflitos.

Não finja que o conflito não existe

Uma reação instintiva de muitas pessoas é tapar o sol com a peneira. Aquela ideia de fingir que nada acontece não faz um problema desaparecer de fato.

No caso de conflitos em um ambiente empresarial, a negligência por parte do gestor de equipes tem efeitos nocivos. O ponto mais crítico é que o problema pode se avolumar à medida que não é combatido.

Cabe ao gestor encarar o conflito como um grande líder. Sua postura em casos como esse pode servir como uma vacina preventiva contra problemas futuros. Isso porque os colaboradores sentirão mais firmeza em quem está no comando. Por outro lado, uma atitude de “deixar para lá” por parte do gestor pode servir de combustível para novos e mais tensos conflitos.

Separe bem pessoal e profissional

Quando um gestor de equipes se propõe a resolver uma tensão entre dois colaboradores, ele deve ser, fundamentalmente, justo. Como um bom moderador, precisa ouvir o que as pessoas envolvidas têm a dizer, sem tomar partido.

A mediação de conflitos passa pela capacidade do gestor de manter um olhar racional. Seu foco deve estar no problema em questão, não nos colaboradores. Do contrário, sua avaliação pode ficar contaminada por uma maior simpatia que ele, eventualmente, nutre por determinada pessoa. A postura do líder deve ser a mais profissional possível e imune a influências emocionais.

Esse cuidado é essencial para evitar algum tipo de injustiça. Um colaborador pode acabar prejudicado por uma resolução baseada em uma afinidade pessoal.

Busque uma abordagem sutil e ponderada

A famosa imagem do soco na mesa para repreender seus colaboradores pode parecer eficaz, mas não é tida como uma boa prática. O gestor de equipes, quando se propõe a solucionar conflitos, precisa optar por uma abordagem mais sutil.

O primeiro passo é mostrar aos envolvidos que não se trata de uma caça às bruxas. Deve ficar claro para todos que a intenção é promover uma melhora coletiva ao desatar o nó. Essa postura mais sóbria do líder passa segurança aos colaboradores. A tendência é que eles sejam mais afáveis, independentemente de a resolução pesar para um lado ou para outro.

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Escute todos os envolvidos

Um líder que se apresenta para solucionar conflitos deve se preocupar em aparentar o mais puro senso de justiça e imparcialidade. Para isso, é fundamental escutar atentamente a versão de cada uma das pessoas envolvidas. O gestor de equipes precisa se policiar para não fazer julgamentos precipitados antes de ouvir todos os colaboradores.

Adotar essa conduta passa mais confiança aos envolvidos, que tendem a perceber que a balança não está pendendo para um dos lados.

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Trabalhe em uma solução de forma colaborativa

Escutar atentamente os colaboradores envolvidos para entender o conflito não é suficiente. É conveniente também o gestor de equipes ouvir os demais para chegar a uma boa solução. Não há necessidade de exercer um papel absoluto de juiz.

Certamente, sua opinião terá peso na decisão e a palavra final será sua. Mas os colaboradores podem ser mais receptivos à “sentença” se ela for construída de forma coletiva.

Ninguém gosta de se sentir excluído. Isso vale também para a resolução de conflitos corporativos, por isso procure ouvir os envolvidos em todas as etapas.

E quando o gestor de equipes está no olho do furacão?

Dentre as causas para problemas no ambiente corporativo, há uma bastante recorrente e que envolve diretamente o gestor de equipes. Quando o líder nota uma queda na produtividade do time, é natural uma chamada de atenção para despertar os colaboradores. Porém, nem todos acatam a bronca e, mais do que isso, podem partir para uma postura bélica.

Em situações como essa, o gestor de equipes deve manter a calma na medida do possível. No entanto, ele precisa medir bem seu tom para não parecer condescendente com uma postura pouco profissional.

Uma recomendação interessante é demonstrar com números que os resultados estão insatisfatórios. Com isso, o restante da equipe tende a ficar do seu lado e compreender que é necessário render mais.

Por que o gestor de equipes deve apostar na resolução de conflitos

Algumas pessoas entendem o conflito como algo a ser evitado a todo custo e que, necessariamente, será danoso. No entanto, essa lógica está longe de ser verdadeira no ambiente corporativo. Quando bem mediado, um conflito pode levar a um entendimento coletivo que promove a evolução no ambiente.

Se duas pessoas tiverem opiniões diferentes sobre determinado assunto, há chance de conflito. Por exemplo: um colaborador pode achar que determinada tarefa será cumprida corretamente de uma forma diferente do que foi proposto.

A ação do gestor de equipes, nesse caso, será de compreender se a ideia proposta faz sentido. Se realmente tiver lógica, o resultado tende a ir além do esperado. Caso não seja pertinente, o colaborador que propôs será comunicado sobre isso e compreenderá como prosseguir.

Portanto, mais do que não fugir da obrigação de mediar conflitos, o gestor de equipes deve enxergar isso como uma oportunidade. O bom entendimento sobre a conclusão de um conflito faz com que todos ganhem. O gestor passa a ser mais respeitado, os colaboradores ficam menos propensos a desentendimentos, e a empresa passa a ter um ambiente mais saudável.

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