No mundo do futebol, destaques individuais costumam ser bastante exaltados, mas isso não reduz o valor do espírito coletivo – pelo contrário. Times que contam com uma boa gestão de equipes têm muito mais chances de conquistar vitórias e títulos.
O que sua empresa pode aprender com o futebol sobre gestão de equipes? Em tempo de Copa do Mundo, preparamos este artigo com 10 lições vindas dos gramados. São ensinamentos que demonstram o valor do trabalho em equipe para quem busca grandes conquistas. Confira a seguir quais são eles:
1. A repetição leva à perfeição
O futebol demonstra muito bem o valor do treino para quem deseja alcançar grandes resultados. Equipes bem preparadas por seu técnico têm muito mais chances de vitória, pois os atletas se entendem melhor em campo.
Além disso, é o treinamento com base na repetição que garante o êxito nos movimentos do jogo. Os times que se dedicam no dia a dia executam melhor os gestos técnicos como passes e finalizações.
Em uma empresa, o gestor de equipes deve conscientizar seus colaboradores do valor do treinamento. É preciso que todos estejam afiados para cumprir suas atividades de rotina.
2. Egos devem ser bem administrados
São recorrentes as notícias de privilégios a determinado atleta em um time de futebol. Alguns jogadores são tratados como estrelas por terem um talento acima da média. O problema desses privilégios é o desequilíbrio causado no ambiente coletivo.
O futebol também está repleto de exemplos de times com várias estrelas, que se transformaram em um caldeirão de egos descontrolados. Qualquer gestor de equipes gostaria de ter colaboradores talentosos, mas é preciso mantê-los nos trilhos.
Bons treinadores são aqueles que conservam uma linha aberta de comunicação com seus jogadores. Se alguma estrela passar do ponto, é fundamental ter uma conversa franca com ela. Isso vale para o futebol e para qualquer empresa.
3. Craques podem ter maior liberdade
Administrar os egos dos mais talentosos não significa tolher sua liberdade criativa. Dar espaço aos mais capazes é saudável para qualquer empresa, mas isso precisa ser feito na medida certa.
Ao longo da história, os grandes treinadores de futebol souberam extrair o máximo de suas maiores estrelas. Isso pode ser alcançado quando os gestores encontram o ponto de equilíbrio na relação. Não se pode dar liberdade excessiva, mas o controle muito rigoroso pode limitar o potencial do profissional.
Em uma empresa, também existem aqueles mais talentosos. O gestor de equipes deve garantir o espaço necessário para que eles desenvolvam toda a sua capacidade. Mas a liberdade acentuada pode ser confundida com tratamento diferenciado e desmotivar os demais colaboradores.
4. O coletivo precisa estar acima do individual
A presença de craques em uma equipe sempre pode ser benéfica e alavancar os resultados. Mas, para que isso aconteça, cabe ao treinador manter o coletivo acima do individual. Os mais talentosos do time não devem tentar resolver as partidas sozinhos. Se forem por esse caminho, o desempenho coletivo cai e a equipe desaba.
O papel do gestor de equipes é garantir que os maiores talentos possam contribuir de forma decisiva para bons resultados. Mas sua atuação precisa dar suporte a um esforço coletivo. Lembre-se que o sucesso de um time de futebol ou de uma empresa começa pelo jogo em equipe.
5. Desempenho e remuneração devem ser coerentes
Os salários dos grandes craques do futebol mundial chegam a assustar os mais desatentos. Lionel Messi, por exemplo, recebe nada menos que 200 milhões de reais por ano!
O exemplo do argentino ilustra bem uma realidade do futebol mundial. As maiores estrelas têm salários estratosféricos que parecem injustificáveis. Mas há situações em que uma remuneração muito diferenciada se mostra acertada, principalmente quando os resultados em campo fazem a conta fechar. É o caso de Messi.
Em uma empresa, os líderes devem identificar os maiores talentos e remunerá-los de forma justa. Seus vencimentos podem ser superiores à medida que suas entregas passam a justificar isso. Porém, é importante ter atenção à harmonia coletiva e a uma possível insatisfação daqueles que recebem salários menores.
6. Bons líderes são fundamentais
São raros os casos de times vencedores que tiveram treinadores medíocres. Em geral, o comandante é fundamental para o sucesso de uma equipe.
Os grandes líderes sabem se comunicar com seus subordinados e constroem estratégias sólidas. É preciso que todos compreendam o que devem fazer para que o coletivo funcione bem.
Para ser um bom gestor, é necessário também conquistar a confiança do grupo por sua competência e lealdade. É a tal história dos atletas que jogam pelo treinador. Isso se reflete no dia a dia, com respeito à estratégia definida e obtenção de melhores resultados.
7. A importância da definição de metas
No futebol, é comum que exista uma disparidade clara entre algumas equipes. As goleadas, muitas vezes, refletem essa realidade. E essa é uma das razões que impõem a definição de metas como algo vital no futebol. Os jogadores precisam ter a noção exata dos objetivos que o time deseja alcançar a cada temporada.
Estabelecer objetivos claros é uma das atribuições mais importantes de um líder. Esse planejamento deve contemplar metas de diferentes níveis. Por exemplo, um time mais modesto pode definir o objetivo de não ser rebaixado ao final do campeonato. No entanto, o bom trabalho ao longo do ano talvez permita uma revisão nessa meta, tornando-a mais ambiciosa.
Em uma empresa, é necessário que os colaboradores conheçam as metas a serem atingidas e também precisam ser incentivados a superá-las sempre que possível.
8. Sonhar não faz mal a ninguém
Definir metas é uma tarefa importantíssima na gestão de equipes. Um ponto de atenção a ser destacado é não deixar de sonhar em superar largamente essas metas. Ainda que você faça ajustes no planejamento, a tendência é manter a racionalidade na definição de objetivos. Essa postura está correta e ajuda a manter o bom andamento das atividades da equipe.
Embora o racional seja importante, uma pitada de emocional pode ter um efeito surpreendente na receita coletiva. Quando um grupo se fecha e sonha junto, abre a possibilidade de alcançar feitos que pareciam impossíveis. Esporadicamente, o futebol brinda seus amantes com grandes zebras que desafiam a lógica. Um caso recente foi o título inglês do Leicester City, em 2016.
9. Fair play na relação com companheiros e adversários
O fair play – ou jogo limpo – conquistou espaço no futebol com o passar dos anos. Trata-se de uma ideia bem ampla, de respeito a companheiros e adversários. Essa correção nas atitudes busca disseminar o espírito esportivo para que o futebol sirva de exemplo positivo à sociedade.
O ambiente corporativo tem muito a ganhar com a adoção do fair play. Colaboradores devem ser honestos uns com os outros e buscar sempre a cooperação. Lembremos que o coletivo precisa estar acima do individual.
Outro ponto importante é o respeito aos concorrentes. Quem trabalha em uma empresa rival não pode ser visto como inimigo, mas como adversário em uma disputa leal. Mais vale tirar lições de boas práticas do mercado do que partir para um embate sem propósito.
10. Roupa suja se lava em casa
Uma das máximas do futebol diz que problemas internos não devem atravessar a porta do vestiário. Lavar a roupa suja dentro de casa é uma atitude que precisa servir de exemplo às empresas. Quando problemas internos vazam, a tendência é que eles tomem uma proporção muito maior.
Na gestão de equipes, a administração de eventuais problemas de relacionamento é decisiva para o sucesso da empresa. Em casos assim, o líder tem a missão de se reunir com as pessoas envolvidas para encontrar um meio-termo.
Uma boa gestão de equipes é fundamental
Viu só como o futebol tem bons ensinamentos sobre gestão de equipes? Esse é um dos fatores mais decisivos para o sucesso no ambiente corporativo, independentemente do segmento de atuação da empresa. Para mais dicas sobre gestão de equipes, confira este artigo. Aproveite também e se inscreva em nossa newsletter para receber novidades em primeira mão!
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