A prática de fazer horas extras para aumentar a renda, ajudar a empresa a produzir mais ou mesmo melhorar o desempenho buscando uma promoção pode gerar resultados contrários. Por isso, é preciso mudar a visão de que mais tempo produzindo significa melhores resultados, pois o que se vê na maioria das vezes é justamente o oposto: queda na qualidade, no desempenho organizacional e na saúde do profissional.
Desde que a busca por qualidade de vida e a sustentabilidade se tornaram temas presentes dentro das organizações, a adoção de práticas que visam diminuir o excesso de horas extras acabou por trazer pontos positivos aos negócios.
Seja por trabalhadores mais motivados ou por rotinas otimizadas, as vantagens de gerir de forma eficiente as horas extras tornam esse objetivo extremamente atrativo. Por isso, é importante investir tempo, esforço e recursos para alcançá-lo.
Por que muitas horas extras não indicam mais produtividade?
O excesso de horas extras pode aparentar ganho de produtividade no curto prazo, porém, em médio e longo prazos o que se vê é uma queda no desempenho dos profissionais. Consequentemente, influenciando negativamente nos resultados do negócio.
Isso ocorre pelos seguintes fatores:
Diminuição da qualidade de vida dos profissionais
Profissionais que fazem muitas horas extras podem acabar desenvolvendo diversos problemas de saúde corporal e cognitiva. Entre os mais comuns, temos:
- Estresse físico que pode gerar dores nos músculos e até cansaço;
- Estresse mental, o qual pode ocasionar dores de cabeça;
- Esgotamento e fadiga do corpo;
- Problemas na coluna, lesão lombar e até aumento das chances de se adquirir lesões por esforços repetitivos (LER);
- Aumento do peso, pois o tempo para exercícios físicos pode ficar comprometido. Isso ocorre especialmente quando as horas extras costumam exceder em muito as 44 horas de jornada de trabalho semanais;
- Privação do sono por causa de rotinas que terminam tarde da noite e que exigem que o profissional esteja na empresa bem cedo no dia seguinte;
- Alimentação irregular, principalmente por aqueles que pulam ou reduzem o horário de almoço para fazer atividades do trabalho;
- Diminuição de paciência e tolerância com colegas e atividades;
- Depressão;
- Aparecimento de Diabetes;
- Riscos de problemas cardíacos;
- Trombose venosa profunda (TVP) gerada pelo tempo sentado ou parado em excesso;
- Ansiedade;
- Baixa autoestima;
- Insegurança por receio de não fazer as horas extras e acabar sendo demitido etc.
Todos esses problemas tendem a prejudicar a eficiência de um profissional, fazendo com que ele perca rendimento, motivação e até ânimo para desempenhar suas funções. Em casos mais graves, o excesso de horas extras e sobrecarga de trabalho tem sido ligado ao aumento nas taxas de suicídios entre os trabalhadores.
Segundo um estudo do The American Institute of Stress, o alto estresse gerado em situações assim, além das funções mais estressantes por si só, pode estar relacionado a crimes praticados por profissionais nos ambientes corporativos. Também é possível verificar reações extremadas, como agressões verbais, choro e quebra de aparelhos devido ao nível elevado de estresse.
Aumento de despesas médicas e licenças
Com a degradação da saúde dos profissionais, a tendência é que eles passem a procurar ou necessitar com mais frequência de atendimento médico. Isso resultará em maiores gastos médicos, especialmente se a empresa bancar parte de convênios de saúde para os seus funcionários.
O número de afastamentos e licenças por motivos de saúde também tende a se elevar, bem como faltas para consultas com diferentes profissionais da área médica e realização de exames. Dessa forma, aquilo que foi conquistado durante as horas extras será perdido nas ausências desses profissionais. Porém, com a diferença de que num expediente normal eles tendem a produzir bem mais e melhor do que durante o tempo adicional. Ou seja, o saldo fica negativo.
Aumento de absenteísmo e rotatividade
Além das licenças, faltas constantes, atrasos frequentes e pedidos de demissões também podem significar ausência de profissionais em períodos normais de trabalho. O que, invariavelmente, pode ocasionar sobrecarga para os colegas ou demora na execução de atividades rotineiras.
Isso pode ocorrer por diversos fatores, como insatisfação com o excesso de horas extras, os próprios problemas de saúde, conflitos pessoais decorrentes pela demora ou falta do profissional no ambiente familiar etc.
Altos níveis de absenteísmo e rotatividade podem significar que o excesso de jornada de trabalho é um grave problema dentro de uma organização.
Aumento de riscos de segurança
Profissionais que realizam longas jornadas e ainda por cima muitas horas extras, acabam por desenvolver maiores riscos de acidentes no trabalho. Isso vale especialmente para aqueles que trabalham em empregos de grande periculosidade, como em indústrias ou empresas que manipulam componentes nocivos à saúde.
Contudo, trabalhadores da construção civil, do ramo de transportes e de linhas operacionais em fábricas também estão expostos a maiores riscos de segurança conforme o avanço de horas extras. Isso está ligado à elevação do cansaço, declínio de concentração e foco, elevação de estresse e perda na velocidade de resposta conforme o tempo de trabalho aumenta.
E acidentes, quando não graves, podem ocasionar paralisações em atividades organizacionais, aumento de despesas médicas e até de indenizações a funcionários.
Aumento de conflitos entre vida pessoal e profissional
Além da questão física e mental, a saúde emocional também precisa de cuidados para que o profissional possa trabalhar no máximo de suas capacidades e desempenho.
Contudo, a ausência prolongada do seio familiar ocasionada pelo tempo a mais no ambiente organizacional pode gerar conflitos entre o trabalhador e seus parentes, o que vem a abalar o seu equilíbrio emocional.
Entre as adversidades mais comuns, temos problemas entre cônjuges (que podem acabar em divórcio) e o distanciamento das relações entre pais e filhos.
Pais que trabalham muito mal têm tempo para acompanhar o desenvolvimento dos filhos, o que pode incutir responsabilidades de adultos aos pequenos. Por exemplo, irmãos mais velhos costumeiramente são encarregados de cuidar dos menores quando ambos os pais estão no trabalho. Isso só aumenta a preocupação dos progenitores com a segurança deles, aumentando seu estresse e ansiedade, especialmente quando as crianças são pequenas.
Diminuição na qualidade do trabalho
Ocorre diminuição na qualidade do trabalho conforme as horas extras se intensificam, pois o cérebro humano não consegue manter o foco e concentração por muito tempo nas rotinas profissionais. Desse modo, a produtividade pode ser afetada em termos qualitativos, especialmente quando as atividades exigem maiores níveis de raciocínio e perícia técnica. Profissionais sobrecarregados podem perder o foco e ter maior dificuldade de concentração, o que prejudica o resultado final de muitas tarefas. Muitas dessas precisarão até serem refeitas, ou seja, gerando retrabalho ou necessitando da ajuda de colegas.
E a qualidade tende a cair não só durante as atividades desempenhadas nas horas extras, mas também no expediente normal do dia seguinte a uma jornada ampliada. Isso porque a falta de sono pelo pouco tempo para dormir, ou cansaço não compensado, pode pesar e derrubar o desempenho profissional.
Diminuição no comprometimento com o emprego
A sobrecarga de trabalho também tende a causar desmotivação, podendo até mesmo levar a um pedido de demissão, como já mencionamos. Contudo, até lá o profissional pode começar a perder envolvimento e comprometimento com as tarefas e rotinas dentro da empresa, executando-as com baixo nível de qualidade só para se ver livre delas o quanto antes.
Quando se sentem forçados, contrariados e, pior ainda, não recebem pelas horas extras ou não há compensação delas, a situação tende a se agravar.
Como o excesso de horas extras atrapalha o rendimento da equipe?
Além do excesso de horas extras não significar exatamente um bom aumento na produtividade, essa prática também acaba por prejudicar colegas de equipes, de outros setores e até a execução de tarefas grupais dentro das organizações. Isso pode acontecer por diferentes motivos, mas todos ligados à jornada em excesso. Confira alguns:
Perda de qualidade no relacionamento com colegas
Sobrecarga de trabalho gera maior insatisfação, ansiedade, menor paciência e diminuição da tolerância. Em casos mais graves, pode ocasionar até exageros comportamentais e desentendimentos com colegas quando o que está em questão são atividades urgentes e de grande impacto nas operações da empresa.
A queda nas taxas de colaboração com os pares também pode ser fator de desgaste com excesso de atividades, pois o profissional tende a se afastar, rejeitar tarefas e até negar ajuda aos colegas para poder concluir suas atividades. Ou seja, isolando-se dos demais.
Por outro lado, quando o trabalhador visa aumentar sua renda com horas extras, ele pode vir a se tornar mais “territorialista”, monopolizando funções ou atividades que exijam tempo além do expediente normal. Dessa forma, acaba por se tornar mais arisco e competitivo com relação a essas tarefas, impedindo que outros possam aprender a executá-las.
Postergação ou procrastinação de atividades
Horas extras geralmente significam tarefas que não foram cumpridas ou executadas no horário de trabalho normal. Isso pode ocasionar atrasos nas funções de outros colegas que necessitam delas concluídas para dar prosseguimento a suas próprias atividades.
Tais demoras também podem ter relação com a busca de uma renda melhor. Ou seja, há possibilidade delas serem até intencionais, quando profissionais postergam funções para depois da jornada normal visando os rendimentos proporcionados por horas adicionais.
Porém, nem sempre é levado em consideração a necessidade que outros colegas têm das atividades desse profissional, inclusive de que eles não podem ficar depois do horário. Em alguns casos, toda uma equipe pode acabar tendo que fazer hora extra por causa de um funcionário que não entregou suas atividades a tempo.
Outro caso com resultado semelhante tem a ver com a procrastinação alimentada pela ideia de que não há problemas em ficar depois do expediente.
Mas antes de culpar o trabalhador que faz isso, é interessante fazer uma avaliação se tal comportamento não está sendo manifestado por outros colaboradores e se não há relação com um baixo salário. Muitas vezes, um leve aumento ou bonificação pode não só resolver esse problema, eliminando horas extras, como incentivar os funcionários a aumentarem sua produtividade.
Entrega de atividades com níveis baixos de excelência
Outro ponto decorrente do aumento da carga de trabalho é a queda na qualidade das funções exercidas. Isso pode gerar situações em que colegas tenham que refazer tarefas dos demais em detrimento das suas — as quais, por sinal, podem ficar para depois do expediente, gerando um círculo vicioso.
Gerente e horas extras: como funciona?
Diferentemente dos demais funcionários, por exercerem cargos de confiança e gestão, os gerentes não recebem horas extras. Isso está especificado no art. 62 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inciso II, conforme você vê abaixo:
“Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
II – os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
Para tanto, deve ficar claro que o cargo de gestão possui poder de mando e autonomia dentro da empresa, não sendo apenas uma denominação, uma rubrica para camuflar uma função técnica. Caso contrário, o funcionário poderá receber horas extras, estando ele sujeito às regras de duração do trabalho.
Ou seja, gerente e horas extras têm uma relação diferenciada.
Como fazer gestão de horas extras?
Para se fazer a gestão de horas extras corretamente, é preciso seguir algumas recomendações, tais como:
Respeite a legislação vigente e a convenção do sindicato ao qual a empresa é ligada
A primeira coisa a se fazer é buscar se inteirar sobre quais as regras e critérios que a legislação trabalhista vigente estipula sobre as horas extras, além do que diz a convenção do sindicato à qual a empresa pertence.
Atualmente, os profissionais não podem trabalhar mais do que duas horas extras diárias, sendo elas após, antes ou nos intervalos do expediente profissional. Vale lembrar também que cada hora extra em dias úteis é remunerada com 50% a mais do que uma hora de trabalho normal.
Para calcular o valor, basta pegar a remuneração mensal do profissional e dividir pela quantidade de horas trabalhadas mensalmente. Depois, é só multiplicar o valor obtido (de cada hora comum) por 1,5. O resultado é o que deverá ser pago a cada hora extra ao funcionário.
No caso de horas extras em fins de semana e feriados, a conta deve ser multiplicada por 2, pois elas valem o dobro das horas comuns.
Se a hora extra for depois das 22 h, existe ainda o adicional noturno. Lembrando também que uma hora de trabalho de noite corresponde a 52 minutos e 30 segundos, ou seja, o limite de duas horas extras será de 105 minutos. Contudo, tanto o limite de horas quanto a remuneração a mais podem variar conforme acordo coletivo da classe à qual o trabalhador pertence.
Por fim, a realização de horas extras deve estar previamente estabelecida entre trabalhadores e empregadores, seja por contrato individual ou coletivo (com o sindicato).
Planeje e estabeleça uma política de horas extras
Conhecendo as leis relacionadas às horas extras, é possível implantar uma política de horas extras dentro da empresa. Dessa forma, o controle delas poderá ser facilitado e até dá para se adotar algumas soluções mais interessantes para o seu gerenciamento. Por exemplo, o banco de horas.
A adoção de um banco de horas permite que a empresa dê folgas aos funcionários para compensar as horas extras acumuladas. Porém, isso deve ser feito em até 12 meses no caso da existência de sistema de controle.
Se não houver esse controle, o funcionário pode receber folgas ou compensações (sair mais cedo ou chegar mais tarde) até a semana seguinte. Caso contrário, as horas extras deverão ser pagas até o mês posterior.
Outro ponto é adequar as estratégias e necessidades de horas extras conforme a produção da empresa. Aquelas que possuem períodos de sazonalidade maior podem precisar de mão de obra por mais tempo em épocas de aumento de vendas. Nesse caso, as horas extras podem ser necessárias.
Já nos períodos de baixa sazonalidade, folgas e compensações podem ser dadas para diminuir o banco de horas de cada funcionário. Isso, é claro, se ela tiver adotado tal sistema.
Por fim, é importante que o gestor siga a política de horas extras para dar o exemplo aos demais. Alguns líderes workaholics pensam que seus liderados precisam se dedicar tanto quanto eles, o que prejudica a boa gestão das horas trabalhadas.
Implante um sistema de ponto eletrônico
A implantação de um sistema de ponto eletrônico pode ajudar a controlar melhor quantas horas a mais cada funcionário está fazendo. Dessa forma, é possível acompanhar aqueles que mais demoram no trabalho e estabelecer formas de diminuir isso em conjunto com eles.
Integre o controle com o RH
O RH geralmente é o responsável por controlar as horas extras nas empresas. Nesse sentido, determinar que toda e qualquer hora a mais deva receber autorização desse setor pode auxiliar a identificar quais as necessidades reais delas, desde que os pedidos venham acompanhados de justificativas para a liberação da jornada extra.
5 dicas para ajudar você e a sua equipe a evitar horas extras
Além das sugestões acima para melhorar a gestão de horas extras, algumas dicas podem facilitar o controle e a distribuição correta delas, até mesmo podendo eliminá-las, tais como:
Avalie recursos e novas formas de se fazer as atividades diárias
Muitos profissionais acabam por acumular horas extras por desconhecimento de novas formas de se executar suas funções. Isso ocorre bastante com novos empregados, que ainda não estão acostumados com seus cargos. Uma solução é procurar se informar com colegas ou no sistema da empresa sobre diferentes modos de se fazer aquelas tarefas que mais tomam tempo.
Observe colegas com funções similares e veja se todos fazem horas extras
Observar colegas com funções similares e avaliar se eles fazem horas extras é uma boa forma de descobrir como eliminar as suas. Ou, no caso do gestor, conseguir auxiliar um liderado a acabar com a sobrecarga de trabalho.
Por meio da avaliação do profissional que dá conta do trabalho no tempo certo, é possível padronizar atividades e até mesmo imitar a forma como ele as realiza, de modo que o tempo gasto com funções antes demoradas seja menor.
Adote um software de gerenciamento e otimização da produtividade
A dificuldade de estabelecer prioridades ou gerenciar atividades corretamente também é um dos fatores que ocasionam horas extras desnecessárias. Por isso, a adoção de um software de planejamento de equipe e pessoal pode ajudar no controle de tarefas, sobre prioridades, calendário, prazos, tarefas urgentes, projetos etc. Tudo para otimizar o desempenho e dar conta do trabalho dentro do expediente.
Estabeleça limites de funcionamento dos equipamentos no ambiente de trabalho
Essa dica pode ser pensada e colocada em funcionamento junto com o departamento de TI.
O desligamento de equipamentos como computadores, impressoras e multifuncionais, além do corte de internet e acesso à rede local após o horário de trabalho pode servir de estímulo para que os funcionários terminem suas tarefas dentro do expediente. Ou para que não fiquem depois do horário.
Existem empresas que até desligam as luzes após um certo período, forçando os empregados a irem para casa.
Cuide para não continuar trabalhando após o expediente por meio de dispositivos móveis e internet
Os dispositivos móveis e o acesso facilitado à internet trouxeram muitos benefícios para as rotinas profissionais, porém também originaram alguns problemas de sobrecarga de trabalho. Segundo uma pesquisa da Pew Research Center, 35% dos trabalhadores adultos pesquisados dizem que o uso desses itens e do e-mail aumentou suas horas trabalhadas.
Por isso, é importante saber se “desligar” do trabalho quando estiver realizando atividades pessoais, familiares ou sociais.
Por mais que você não leve trabalho para casa, ele pode estar mais perto do que parece, bem ali no seu bolso, a um toque de distância.
Vale lembrar que, além dos pontos acima apresentados, é importante focar na transparência e comunicação interna para que os colaboradores possam manifestar suas insatisfações, dúvidas ou necessidades em relação às horas extras. Elas devem ser empregadas de comum acordo, não impostas unilateralmente sob risco de desencadear vários dos malefícios acima apontados.
Conclusão
A adoção de uma política de horas extras que permita a gestão eficaz delas é um passo fundamental para a otimização das atividades e obtenção de alta performance das equipes. Isso favorece o maior equilíbrio entre aspectos pessoais e profissionais de cada membro, diminui o stress, ajuda a aumentar a qualidade de vida e deixa os empregados mais satisfeitos.
E agora que você já sabe das consequências do excesso de horas extras, nós temos mais uma sugestão para você lidar com elas otimizando sua organização pessoal: nosso e-book Organização Pessoal com Neotriad. Baixe gratuitamente e aproveite mais dicas!
Excelente artigo.
Muito bom