O que mais difere uma pequena empresa de uma grande, como o Google? Alguns diriam que é o lucro de cada uma das marcas. Outros, a estrutura do negócio. No entanto, o que pouca gente se dá conta é de como a cultura organizacional de fato é o que faz a total diferença para o tamanho de uma empresa.
E não é por menos: qualquer negócio que queira crescer e se manter competitivo no mercado precisa ter uma indicação de quais caminhos e filosofias seguirem. Algo que só é possível com esse tipo de cultura estabelecida.
Mas para entender melhor como isso funciona, nada melhor do que conferir este post que fizemos exclusivamente sobre o assunto. Quer saber mais? Então vamos lá!
O que é a cultura organizacional
Como você sabe, cada empresa possui a sua própria personalidade, seu modo de ver e agir no mundo. Um emaranhado de características que ajudam a formar a base das políticas internas e externas de um negócio. Ou seja: essa é a cultura organizacional de uma marca.
Veja o exemplo do já citado Google: se você der uma olhada na página onde eles contam o que a empresa faz para outras empresas e pessoas, verá que seu foco é muito maior do que apenas produzir um (excelente) sistema de busca online. A ideia por trás do Google gira em torno de criar ferramentas digitais que melhorem o dia a dia dos seus consumidores. Essa é a missão deles. E aí vale desde a produção de aplicativos como o Google Maps, até o investimento em carros antônomos que dispensem os motoristas.
Agora, será que eles conseguiriam fazer tudo isso sem uma boa cultura organizacional? Claro que não!
Seguindo à risca o seu lema (“Don’t be evil” — Não seja mau) a marca cuida de criar o melhor ambiente possível para os seus funcionários, não apenas pagando excelentes salários e entregando uma ótima estrutura como também dando liberdade para que qualquer colaborador possa propor novos projetos e soluções para os problemas. Algo que fez com que surgissem produtos como o extinto Orkut e até o Gmail.
Porém, é sempre bom lembrar que essa liberdade criativa que o Google propõe e usa em sua cultura organizacional só funciona porque ela casa com o que é proposto em sua missão, visão e valores.
A missão, a visão, os valores (e o branding)
Criados (de preferência) nos primeiros momentos da empresa, a sua missão, visão e valores são conceitos que apontam o motivo da existência e o foco daquele negócio dentro do mercado. Pontos que dão sentido para a cultura organizacional daquela marca, mas vamos entender melhor.
Missão
Aqui é onde conhecemos o motivo da existência de uma empresa.
Por que ela foi criada? Para quem ela foi criada? Quais são as responsabilidades desse negócio? Tudo isso fica bem claro dentro da missão de uma marca.
A missão da Caixa Econômica Federal, por exemplo, é: “Atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro”.
Visão
A visão marca o futuro onde aquele negócio almeja chegar. É a ambição daquela empresa.
Como exemplo, vejamos a visão da FIAT: “Estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos”.
Valores
Os valores dizem respeito aos princípios de uma empresa, suas crenças e convicções. Esse é um ponto muito importante, porque mostra bastante da imagem interna e externa que um negócio planeja apresentar.
E aí, só para termos outro bom exemplo, podemos ver alguns dos valores do McDonalds:
- A experiência dos consumidores está no centro de tudo o que fazemos.
- Acreditamos no Sistema McDonald’s: franquiados, companhia e fornecedores.
- Retribuímos às nossas comunidades.
Quando tudo isso é pensado e (realmente) colocado em prática pelas empresas, a missão, visão e valores acabam conceituando a marca no mercado, produzindo assim um belo trabalho de branding que faz com que o público possa reconhecê-la e diferenciá-la com base em suas características.
Portanto, além de trazer um norte para a criação da cultura organizacional, essas características também podem ajudar a posicionar — e até reposicionar — uma empresa no seu meio e, claro, melhorar o desempenho das equipes.
A unidade das equipes
Imagine que você trabalhe com funcionários de diversos estados ou até países diferentes. Provavelmente pode ser que cada um deles tenha uma diferente forma de encarar o mundo e suas funções dentro da empresa, certo? Pois quando existe uma cultura organizacional já estabelecida isso não se torna bem um problema, já que essa cultura “padroniza” as políticas internas daquele negócio.
Aliás, sobre isso, nós já falamos sobre a importância da Comunicação Interna nas organizações nesse outro post aqui do blog.
O valor do sensemaking
Quando uma empresa consegue criar uma boa cultura organizacional, ela atrai funcionários que se espelham com ela. Isso faz com que eles criem um sentimento de realização com suas tarefas executadas e o clima da organização melhore. Logo, elas serão mais bem executadas e seus gastos com programas de engajamento poderão cair significativamente.
Vestindo a camisa da empresa
Esse sentimento de realização também ajuda a manter os melhores funcionários que, além de gostarem de realizar seus trabalhos, se identificam com a cultura da sua empresa, querendo sempre colaborar com a marca.
E manter esse tipo de funcionário, como você deve imaginar, só tende a trazer benefícios para o seu negócio, já que eles estão sempre bem empenhados em resolver os problemas da marca e em fazer dela algo ainda mais valioso.
Uma boa cultura organizacional pode facilitar o trabalho das equipes dentro do seu negócio, engajar os funcionários e até mesmo mantê-los ainda mais leais à marca. No entanto, é preciso pensar e planejar bastante essa cultura, para que ela tenha a ver com o que de fato o seu negócio acredita.
Gostaria de comentar sobre o assunto? Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Então conte o que você achou a respeito dele ou faça a sua pergunta na caixa de comentários!
O trecho do texto “Quando tudo isso é pensado e (realmente) colocado em prática pelas empresas….” vem muito de encontro com a realidade. Muitas companhias investem tempo e recursos significativos para elaborar sua missão, visão e valores, porém, a ideia fica somente no papel, expostos em bonitos quadros. Mais importante que criá-los, é colocá-los em prática!
Meu caso é diferente do Edson, que acima se manifestou. Tenho uma micro-empresa. É uma loja física pequena de produtos para Pesca, Camping, Praia, Surfboard, Caminhada. Também vendemos pelo Mercado Livre e loja virtual http://www.tiburonn.com.br.
É praticamente uma empresa familiar e, apesar de muito pequena, não achamos a fórmula de gestão para crescer. Particularmente, entendo que a comunicação interna é fundamental, mas não temos essa cultura, tampouco recursos financeiros para investir nessa área. A crise está nos assolando. Mas somos teimosos.
Bom dia a todos,
Trabalho em uma empresa Japonesa e aqui a Cultura Organizacional é muito forte e sem dúvida faz toda a diferença para nosso sucesso, creio que o mais importante é conseguir entender e trabalhar de acordo com esses princípios/ valores no nosso dia a dia, pois, assim fica mais fácil resolver os problemas e entregar os resultados no dia a dia.