A mudança é o fator indispensável à evolução. Só progride quem se arrisca a mudar e expandir seus horizontes. Isso vale para questões pessoais e profissionais, individuais e coletivas. Quando se trata da cultura de uma empresa, a mudança pode ser mais complexa por envolver diferentes interesses e receios entre os funcionários. Mas, para o gestor de equipes emplacar a mudança de forma eficaz, ele deve encará-la como um processo, com início, meio e fim. Como diz o ditado, não se deve colocar a carroça na frente dos bois. A pressa, em casos como esse, pode minar a mudança e manter a empresa presa a um antigo problema.
A ideia é entender que a desconstrução de um determinado modelo pavimenta o caminho para a criação de um novo. Para que tenha sucesso em longo prazo, é preciso também determinar um plano de ação, que ajuda a consolidar a mudança. Neste artigo, apontamos três passos considerados fundamentais para realizar mudanças eficazes no mundo corporativo.
Consciência
O primeiro passo para executar qualquer mudança é a consciência, a chamada lição de casa. Você e sua equipe devem compreender com clareza o que precisa ser ajustado para atacar o problema com a arma correta. Envolver os colaboradores nessa etapa cria em cada um deles a predisposição a ajudar e acatar a mudança que for estabelecida ao final do processo.
Se existe um problema bem claro para ser resolvido, todos devem entendê-lo para colaborar no processo. O papel do gestor de equipes é conversar com todos para dar um panorama geral e as opções que podem ser aplicadas. Outro ponto importante é dar a palavra a cada colaborador, com o objetivo de deixá-los mais envolvidos e coletar ideias construtivas. Em outras palavras, o gestor deve liderar um brainstorming com sua equipe.
A contribuição de mais pessoas inibe a chamada “saída fácil” por parte do chefe, que tende a ficar na zona de conforto ao tomar decisões unilaterais. Esse tipo de postura pode fazer a empresa perder oportunidades de realizar mudanças com maior assertividade.
(Evitar decisões unilaterais que podem prejudicar a empresa passa pelo controle do próprio ego. Foi esse o tema de um post recente no blog. Clique aqui e confira)
Palavras
Uma vez que todos estão conscientes da necessidade de mudança e passam a remar juntos na nova direção, o momento é de fomentar novas ideias, o que se faz com palavras. Coloque no papel todos os insights que surgirem durante o brainstorming para visualizar com clareza os possíveis caminhos e poder optar por um deles. Atenção para evitar julgamentos apressados do que funciona e do que não dará certo. A opinião da equipe também deve ser levada em conta em momentos como esse, afinal de contas todos serão impactados pela mudança que será implementada.
(Leia também: O que o gestor de equipes deve fazer para manter colaboradores comprometidos)
A busca pela melhor ideia deve ser feita com calma. Um exercício fundamental nessa etapa é a confirmação do que são fatos verificáveis e do que são crenças pessoais. Ou seja, quais das ideias estão verdadeiramente embasadas e dão sinais de que podem ser exitosas quando colocadas em prática.
Como essa é a etapa das palavras, veja quais você e sua equipe devem fugir: “nós sempre fizemos isso desse jeito”, “isso não parece uma mudança de fato”. Em linhas gerais, o alerta é para evitar as ideias que replicam de alguma maneira o que foi detectado como um problema.
Outro alerta importante: certifique-se de que a ideia escolhida é aplicável. Muitas vezes o caminho que parece mais inteligente e eficaz pode ter uma aplicação complexa e não ser rentável para a empresa.
Uma vez definida a ideia a ser seguida, o momento é de planejar e construir uma timeline com ações concretas que visam a consolidação do novo modelo.
Ações
A escolha da melhor ideia não é tarefa simples, mas o momento de decisão é agora: hora de colocar a mão na massa! Enquanto palavras não são traduzidas em ações, mudanças efetivas não podem ocorrer, tanto individual quanto coletivamente.
O terceiro passo da implementação eficaz de mudanças consiste nas ações práticas. Para entender por que essa é a etapa mais importante, basta pensar na pergunta “O que indica o real caráter de uma pessoa ou empresa: suas palavras ou ações?”. A maior parte das pessoas dirá que falar é fácil, o difícil é colocar na prática.
Organização é a palavra-chave para que o processo de mudança seja bem-sucedido. Com base nos objetivos traçados, coloque com clareza as metas individuais e coletivas dentro de uma timeline para todos os membros da equipe se envolverem e contribuírem igualmente. Lembre-se sempre de que se trata de um “processo”, nada vai acontecer em um passe de mágica. Tenha isso em mente para construir uma timeline coerente. A pressa é inimiga da perfeição também na realização de mudanças.
Um passo de cada vez
A execução de mudanças depende fundamentalmente das três etapas apresentadas neste post. Um ruído em qualquer uma delas pode colocar tudo a perder. Se a conscientização não for benfeita, por exemplo, todo o plano fica preso a uma visão estreita e grandes insights que poderiam ser benéficos ficam perdidos pelo caminho. Se o brainstorming não for rico e discutir todas as opções possíveis, também existe o risco de perder novas ideias e limitar os avanços. E sem as ações, a mudança morre na praia ao ficar apenas nas palavras e planos.
A maior dica é sempre lembrar que se trata de um processo, com início, meio e fim. Avance no ritmo que se mostrar mais apropriado sem perder nenhuma das três etapas. Sua equipe e toda a empresa só terão a ganhar com isso.
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Realizar mudanças é um desafio individual e coletivo para o gestor de equipes. A execução das ações deve ser coordenada para que o novo modelo se consolide e tenha sucesso. O planejamento e a timeline – com as funções de cada colaborador no processo – podem ser feitos no software NeoTriad
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